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Bom Jesus, PI
Um relatório do IBGE a partir do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (23), apresentou mudança significativa na demografia estadual entre 2000 e 2023: a população de idosos quase dobrou no período. Os dados apontam ainda que a população piauiense alcançará um ponto de estagnação em 2036.
Os dados mostram que a proporção de pessoas com 60 anos ou mais no Piauí passou de 8,6% para cerca de 15,3% da população total. O mesmo aconteceu com a população brasileira. Fatores como o crescimento na expectativa de vida, melhorias nas condições de saúde e a redução nas taxas de natalidade foram primordiais para o aumento da população idosa.
A mudança da estrutura etária apresenta desafios significativos para o estado, como a necessidade de adaptar serviços de saúde, aumentar os investimentos em previdência e criar políticas que atendam às necessidades dos idosos.
O IBGE estima que a população do Piauí continuará crescendo até 2036, quando deverá atingir aproximadamente 3,4 milhões de habitantes antes de estabilizar e diminuir até 2050, quando se estima que ocorrerá um ligeiro decréscimo.
A estagnação é atribuída a uma combinação de fatores: baixa taxa de natalidade, migração em busca de melhores oportunidades e envelhecimento da população. A redução na taxa de natalidade, em particular, está desempenhando um papel fundamental na projeção.
Pelas Projeções, a taxa de fecundidade do Piauí era de 2,72 filhos por mulher em 2000, recuou para 1,83 filho por mulher em 2010 e chegou a 1,61 em 2023. Nos próximos anos, essa taxa deve recuar para 1,49 filho por mulher em 2030 e atingir seu ponto mais baixo em 2037, chegando a 1,44.
No entanto, a partir de 2050, as Projeções indicam que a taxa terá ligeiro aumento no Piauí, indo a 1,45 filho por mulher e chegando a 1,49 em 2070. Esse indicador vem decrescendo como consequência de uma série de transformações ocorridas na sociedade brasileira desde meados do Século XX.
Outra informação das Projeções de População é a idade média da fecundidade para o Piauí, ou seja, a idade média em que as mulheres têm seus filhos, que era de 24,4 anos em 2000, passou para 27,4 anos em 2022 e deverá chegar a 31,3 anos em 2070.
As Projeções de População do IBGE utilizam dados provenientes de diversas fontes, como os três censos demográficos mais recentes (2000, 2010 e 2022), a série histórica das Estatísticas do Registro Civil (iniciada em 1974), o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), estes dois últimos ambos do Ministério da Saúde, entre outros. Seus cálculos permitem acompanhar a evolução dos padrões demográficos do país.
