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Após vencer Prêmio Nobel da Ciência Jovem, piauiense quer usar projeto para monitorar rios

"Meu sonho é que esse projeto possa chegar cada vez mais longe e que consiga ajudar a população como um todo", afirmou.

30/08/2024 às 08h17 Atualizada em 31/08/2024 às 13h43
Por: Redação B1- Bom Jesus-PI Fonte: Cidade Verde
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Após conquistar o Stockholm Junior Water Prize, considerado o Prêmio Nobel da Ciência Jovem, com a criação de um rover aquático para o monitoramento da água de rios, o estudante piauiense Manoel José Nunes Neto, de apenas 16 anos, pretende expandir o projeto para que o equipamento seja usado para o enfrentamento da poluição de mananciais no Brasil e no mundo. Em entrevista à TV Cidade Verde nesta quinta-feira (29), o jovem disse que já deu início ao processo para patentear a ideia.

"Meu sonho é que esse projeto possa chegar cada vez mais longe e que consiga ajudar a população como um todo, porque esse problema da água é muito grave no Brasil, mas também acontece em todo o mundo. Quero de alguma forma contribuir, então os próximos passos será investir mais no equipamento, produzir ele como uma patente e tentar colocar ele em rios, como os nossos Poti e Parnaíba, para realmente fazer esse monitoramento ser real”, afirmou o estudante.

O rover aquático desenvolvido por Manoel Neto, que venceu a premiação internacional, se destacou entre os demais projetos por sua inovação e sustentabilidade. Além de ser capaz de navegar de forma autônoma em um corpo hídrico, como rio e lago e coletar dados sobre a qualidade ambiental da água, o aparelho mede dados como a quantidade de fosfatos, nitratos, materiais orgânicos, pH, temperatura, e transmite estas informações, de modo remoto, sem poluir o meio ambiente.

“Esse é um barco autônomo que é voltado para o monitoramento de corpos hídricos, como rios e lagos. Ele utiliza um conjunto de sensores relacionados com parâmetros que medem a qualidade da água, como PH, temperatura, O2 e a turbidez, que são parâmetros importantíssimos para que possamos verificar se um manancial está com uma qualidade boa ou não”, explicou o piauiense.

“Por ele ser autônomo e verificar um rio por muito tempo, eu consigo identificar os focos de contaminação e onde elas estão presentes no rio, porque esse é um problema que o mundo enfrenta. A gente não consegue enxergar e encontrar essas contaminações de uma forma tão eficiente, então ter um robô que que faça isso sem a ajuda humana, custando um pouco, é muito bom, porque ele promete revolucionar a forma como esse monitoramento é feito”, completou Manoel Neto.

Por fim, o estudante ressaltou que a conquista do prêmio internacional é a realização de um sonho antigo. “Quando eu era criança, meu sonho era ter um projeto que fosse reconhecido pelo mundo. Quando eu cheguei ontem e realmente recebi esse prêmio, eu vi que isso era um sonho de criança. É algo que toca muito quem eu sou. Sou extremamente grato a todas as pessoas que me ajudaram a chegar aqui, porque só eu não faço nada”, concluiu.

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