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É algo que age e mata rápido, afirma perito sobre mortes por suposta intoxicação em Parnaíba

Trabalhos periciais estão sendo realizados nos materiais coletados nas nove vítimas de uma suposta intoxicação alimentar em Parnaíba

03/01/2025 às 15h52
Por: Redação B1- Bom Jesus-PI Fonte: Cidade Verde
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É algo que age e mata rápido, afirma perito sobre mortes por suposta intoxicação em Parnaíba

O perito-geral do Departamento de Polícia Científica do Piauí, Antônio Nunes, detalhou os trabalhos periciais que estão sendo realizados nos materiais coletados nas nove vítimas de uma suposta intoxicação alimentar em Parnaíba, no litoral do Piauí. A tragédia ocorreu no Conjunto Dom Rufino e resultou na morte de uma criança de 1 ano e 8 meses e de um jovem de 18 anos.

De acordo com testemunhas, a família recebeu a doação de uma cesta básica junto com peixes do tipo manjuba na última quarta-feira (1º). No local, a polícia recolheu materiais, como peixes e arroz, para análise. Contudo, o delegado Abimael Silva, da Delegacia de Homicídios, Tráfico de Drogas e Latrocínio (DHTL) de Parnaíba, informou que o arroz consumido pela família não seria o da doação, mas outro já disponível na residência.

O perito-geral Antônio Nunes explicou que os prontuários médicos das vítimas indicaram sintomas semelhantes, como alterações digestivas, cerebrais e pulmonares, além de falta de ar. 

"Nós temos um prontuário médico que é um documento onde equipes da saúde colocaram o que viram nos pacientes que chegaram aos hospitais. Tinha aquelas alterações digestivas, cerebrais, pulmonares, falta de ar, etc. E eu observei nos prontuários que tinha um padrão, que tinha praticamente as mesmas coisas. Então não há uma coincidência de você ter um monte de sintomas semelhantes em nove pessoas ao mesmo tempo, e duas morrendo de forma aguda. Ou seja, estou diante de algo que age rapidamente e que também tem a capacidade de matar bem rápido", destacou o perito em entrevista ao Notícia da Manhã.

Os exames estão sendo realizados em etapas e de forma individualizada. "Primeiro, estamos buscando pesticidas e outros semelhantes, aumentando essa quantidade de testes a partir daí para saber exatamente o que encontramos. Por exemplo, o material encontrado no estômago da vítima que morreu primeiro vai indicar a realidade do que estava no estômago, independentemente do que recolhemos na casa. É um teste muito importante e ainda consideramos o sangue e a urina", explicou Antônio Nunes.

Ele acrescentou que alimentos como as manjubas e o arroz também serão analisados para diferenciar possíveis fontes de contaminação. "Vamos testar também as manjubinhas e outros alimentos separadamente, para identificar eventos que possam ter ocorrido dentro da casa ou de fora dela. Isso é importante para a investigação policial", afirmou.

Sobre o prazo para conclusão dos laudos, o perito acredita que será difícil cumprir o prazo legal de dez dias devido à complexidade do caso, mas ressaltou que pretende concluir os exames de pelo menos uma das vítimas no prazo.

"Dez dias vai ser difícil de cumprir porque são nove pessoas com vários testes em cada uma. Mas é importante que a gente já tenha o teste completo de pelo menos uma vítima para ter uma ideia do que ocorreu e até, eventualmente, ajudar aqueles que estão internados, indicando o que foi e orientando alguma conduta dos hospitais", concluiu.

As nove vítimas são familiares e amigos de Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, que morreram depois de comerem cajus envenenados. O jovem de 18 anos que morreu ontem era tio de Ulisses e João Miguel. A polícia investiga se existe alguma ligação entre os casos.

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