O Corinthians, em sua 20ª final de Copinha, amargou o vice e segue com 11 títulos do torneio, sendo o clube com mais conquistas da principal competição de base do país. O São Paulo, que esteve em sua 12ª final, fez a festa da sua torcida no dia do seu aniversário de 95 anos e de 471 anos da capital paulista para faturar o penta. O Tricolor superou a ausência de Ryan Francisco, seu principal nome, que esteve suspenso.
Este foi o primeiro jogo do Pacaembu após uma reforma que durou cinco anos. O último duelo havia acontecido em fevereiro de 2020, em empate sem gols entre Santos e Palmeiras.
O primeiro tempo foi cheio de energia, tanto pela idade dos jovens jogadores como pelo clássico que se apresentava no gramado do Pacaembu. Uma trave de cada lado foi batizada para quase tirar o grito de gol da garganta das duas torcidas.
O placar foi aberto aos 33 minutos após longo lançamento do zagueiro Garcez, do Corinthians. Denner, de apenas 16 anos, mostrou a experiência de um jogador rodado ao fazer bem a proteção com o corpo e vencer a disputa com a zaga, que cochilou na jogada. O lateral levou a melhor com um toque antes de finalizar com um chute no alto.
A situação ficou ainda mais complicada para o São Paulo com gol de Gui Negão. Ele foi esperto para sair na frente da zaga após briga pelo alto, ficando na cara do goleiro e dando um toque sutil para dobrar a vantagem alvinegra. O São Paulo voltou pro jogo instantes antes do intervalo com gol de cabeça de Paulinho, após cobrança de escanteio.
O são-paulino aproveitou a liberdade no primeiro poste para inflamar a torcida do clube do Morumbi, que parecia ter sentido o golpe após o 2 a 0.
Precisando de uma nova postura, o São Paulo voltou para o segundo tempo com três mudanças. Aos 6 minutos, cada time já havia levado perigo em lances de bola aérea, com o Tricolor apresentando mais intensidade nas ações ofensivas.
Aproveitando a força pelo alto que funcionou no primeiro tempo, o São Paulo chegou ao empate em nova bola alçada após cobrança de escanteio. Andrade subiu no terceiro andar para cabecear pra baixo, com a bola entrando debaixo das pernas do goleiro corintiano.
A improvável virada veio novamente pelo alto, agora com a bola rolando. O cruzamento de Maik foi preciso na cabeça de Paulinho, que voltou a mostrar precisão na finalização de cabeça, murchando a empolgação alvinegra que tinha sido construída no 1° tempo.
Enquanto isso, a torcida do São Paulo fazia a festa para ajudar o time a segurar o resultado diante de um Corinthians que correu atrás do prejuízo, sem sucesso, sendo castigado pelas falhas defensivas quando o 12° título ficou tão perto no primeiro tempo.